Biografia de Álvares de Azevedo: Poesia, boemia e morte precoce.
Manoel Antônio Álvares de Azevedo nasceu em São Paulo, em 12 de setembro de 1831 e morreu no Rio de Janeiro em 25 de abril de 1852, vítima de tuberculose.
Era Filho de Inácio Manoel Álvares de Azevedo, então estudante de direito, e Maria Luisa Carlota Silveira. O jovem Álvares começou seus estudos no Colégio Pedro II, onde cursou humanidades. Iniciou os estudos de direito na Faculdade de Direito de São Paulo em 1848. Enquanto esteve no curso, participou de diversos movimentos de mocidade acadêmica, tendo sido um dos fundadores da sociedade Ensaio Filosófico, de cuja sessão inaugural foi o orador. Toda obra literária de Álvares de Azevedo é desse período, entre 1848 e 1852.
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Álvares escreveu sua obra entre as reuniões em que participava e as noites boêmias, figurando ele como o maior representante do Byronismo, também chamado de ultra romantismo. Seus versos circulou entre seus amigos e condiscípulos e se espalhou por São Paulo antes da sua morte. Entretanto, sua obra só foi editada postumamente nessa ordem
- Poesias(vol I de obras de Manuel Antônio Álvares de Azevedo), Rio de Janeiro: 1853
- Obras(vol II).Rio de Janeiro:1855;
- A Noite na Taverna. Rio de Janeiro: 1886;
- Poema do Frade. Porto: 1890;
Inúmeras outras obras foram impressas da sua poesia. A mais importante, porém, está no primeiro volume, onde se encontra o livro Lira do Vinte Anos. Nesta obra, além do ultra romantismo tradicional da época, inclui-se outros poemas menos dramáticos. A esse viés, Péricles Eugênio da Silva Ramos viria a chamar de “realismo humorístico.”
Morte precoce de Álvares de Azevedo
Embora se diga que um cidadão boêmio do final do século XIX tivesse uma expectativa de vida bem reduzida, a vida de Álvares de Azevedo foi bem mais curta que o esperado.
Vários de seus poemas retratam a tristeza de saber que iria morrer, já que a tuberculose era uma epidemia praticamente sem cura nesta época. Exemplo disso é o poema Lembranças de Morrer, incluso em Lira dos Vinte Anos.
Pouco antes de morrer, o poeta passou por uma cirurgia para retirada de um tumor na fossa ilíaca, e segundo relato, ao pressentir a morte próxima, o poeta teria pedido que sua mãe se retirasse do quarto e pronunciado então suas últimas palavras: “Que fatalidade, meu pai.”
A qualidade da obra de Álvares de Azevedo coloca o jovem escritor entre os mais importantes poetas do romantismo brasileiro, ao lado de Gonçalves Dias, Fagundes Varela, Casimiro de Abreu e Castro Alves.